“Quer ser mãe porquê? Para deixar para outras pessoas criarem o seu filho?”. A crueldade dessa frase não passa impune por um coração de mulher. Quem é mãe ou ainda pretender ser, como eu, pode imaginar a dor de ouvir algo tão devastador e chocante. Não bastasse o enfrentamento de uma doença como o câncer de mama, descoberta aos 17 anos de idade, Pollyana teve que lidar mais tarde com situações como essa. Ouviu tal pergunta descabida de um médico que realmente não deveria exercer essa profissão. Mas o que mais me impressiona em toda essa história que eu vou te contar é que hoje, aos 33 anos de idade, após anos de tratamento para a cura da doença, Pollyana em nenhum momento se coloca como vítima e nem mesmo diz que o câncer de mama foi a sua grande superação. Aliás, nem pense em chamá-la de guerreira! Ela não quer carregar esse título. E foi com toda a espontaneidade e sorriso aberto, num almoço rápido, que ela me disse com todas as letras que a sua grande superação não foi ter vencido o câncer e sim ter se tornado mãe, a mãe do Nickolas.
Mãe, mulher, mais uma vencedora que eu encontro. Sem dúvida acho que isso a querida Pollyana vai me permitir dizer! E nada mais apropriado do que agora, no “Outubro Rosa”, para falarmos dessa história de vitória, perseverança e realização. Hoje, a história da Pollyana está aqui.
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A vida não é precisa, assim como o caminho
A imprevisibilidade da vida e dos ensinamentos que ela nos traz é sem dúvida, na minha opinião, uma das grandes dádivas de viver. A mineira Adriana Gribel, 53 anos, empresária, mãe, avó, esposa e montanhista, andou exatos 799 km durante 30 dias para confirmar algo que ela já sabia: “a vida só vale a pena se for compartilhada”. O aprendizado que ela teve inúmeras vezes como alpinista, acompanhada da sua família, a surpreendeu novamente. Só que dessa vez numa viagem pelo caminho de Santiago de Compostela. A jornada individual que Adriana fez de abril a maio deste ano trouxe grandes ensinamentos. Uma viagem inesquecível que ela me contou com brilho nos olhos e que nos faz pensar na importância de seguir em frente, mesmo quando não temos certeza do propósito. Afinal, como muitos já disseram, o importante é o caminho e não o fim. “Não tinha muito um porquê. Tinha que ser”, me disse Adriana.
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Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Quando criei o blog e me propus a fazer um post por semana contando uma história de vida, de superação, acho que de fato eu não tinha a real dimensão da beleza dos encontros e conversas tão importantes que teria. Hoje, antes de mais nada, quero explicar porque escolhi falar da história da Samantha Abel. Logo quando criei o blog, ela já foi de cara um dos nomes que coloquei na minha lista de possíveis entrevistadas. Vale dizer que eu e a Sá nos conhecemos há alguns bons anos. Trabalhamos juntas numa produtora de São Paulo e nos tornamos amigas. Apesar de termos nos distanciado por circunstâncias naturais da vida, mudança de trabalho, o sentimento de amizade permaneceu e sempre vi nas atitudes dela uma força, energia para mudar e seguir em frente, mesmo quando as coisas não estavam bem. Pelo facebook fui acompanhando de longe alguns dos seus posts que contavam sobre a sua mãe. Pedaços de relatos que para mim transbordavam de emoção, sentimentos, e acima de tudo, a força e conexão de duas mulheres lindas que juntas enfrentaram um momento muito doloroso. Lembro do dia em que me deparei com a foto abaixo. Fiquei emocionada. Samantha cortou o cabelo em solidariedade à mãe e o momento que ela vivia. Até então, eu não sabia de todo o enredo dessa história. Mas a vida com seus grandes mistérios me proporcionou um encontro muito especial. Foi numa noite de quarta-feira de trânsito intenso em São Paulo, há mais de um mês, que eu pude não só ouvir como entender tudo o que está por trás daquela foto. É assim que começa mais uma história, num reencontro de duas amigas que não se viam há muito tempo e dispostas a falar sobre vida, morte e aceitação. Hoje, vamos falar da história de Samantha e Lilian.
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O legado de Luiza e Adriana
Eu não vou contar sobre tudo o que já saiu nos jornais. Falar das estatísticas, do número de mortos, do horror que foi o massacre de Realengo, na escola Municipal Tasso da Silveira, em 7 de abril de 2011. Essa história você já conhece e provavelmente tenha ouvido muito. Mas talvez, a história que você não teve a oportunidade de ouvir é a vivida na pele por Adriana Silveira, uma mulher vibrante e guerreira, e acima de tudo, a mãe de Luiza Paula da Silveira Machado, uma das vítimas da tragédia.
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Ao meu pai com amor
Toda a mulher tem uma história de superação na vida. A superação de uma doença, uma separação, uma perda, um desafio pessoal ou profissional. Bobagem dizer que a vida é uma caixinha de surpresas, não é mesmo? Mas é. E como lidar com as surpresas não esperadas, as mais desagradáveis da nossa vida? Especificamente para mim, uma mulher de 38 anos, paulistana, repleta de raízes e referências mineiras, esposa, filha, jornalista, e com uma série de outros predicados, pois somos muitas em uma só, superação nunca fez tanto sentido como há exatamente quatro anos. É difícil contar essa história. Mas quero contá-la para que a partir dela, eu e tantas outras mulheres tenhamos voz e cada vez mais espaço.
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